Muricy, o craque dos pontos corridos

3 11 2008

Bruno Martins – brunohmartins@gmail.com

Ele não unanimidade entre os torcedores do São Paulo, muito menos da imprensa. Muitas vezes é arrogante, fala o que quer, critica os jogadores do seu próprio time. Já falou até que quem quer ver um bom jogo do São Paulo, que não assista as partidas do tricolor. Mas vamos falar a verdade, é, sem dúvida, o melhor treinador do Brasil, ainda mais em se tratando de disputa por pontos corridos. Foram dois títulos conquistados oficialmente, um moralmente e outro próximo de acontecer, tudo consecutivo. Primeiro foi com o Internacional, no Campeonato Brasileiro de 2005. O título só não veio devido ao escandândulo das arbitragem daquele ano, que só serviu para anular partidas que o Corinthians tinha perdido. Resultado: Corinthians campeão. Depois de tudo isso, o Inter ainda foi prejudicado no confronto direto com o Corinthians. Marcio Rezende Freitas deixou de marcar um pênalti claro e ainda explusou o jogador que sofreu a infração. Depois de toda essa confusão, Muricy assumiu o São Paulo. Sob a desconfiaça da perda do título da LIbertadores, o treinador calou os críticos e venceu o Campeonato de 2006. Campeão com nove pontos de vantagem sobre o vice, o Internacional. Em 2007, mais uma vez o seu trabalho é colocado em xeque, com mais uma eliminação na Libertadores. Nada como um bicampeonato para compensar, ainda mais tranquilo como foi. 15 pontos de vantagem sobre o o Santos, segundo colocado. Mais uma vez com toda a tranquilidade, um trabalho regular, com jogadores de bom nível, que ele mesmo lapida. Foi assim com André Dias, Breno, Miranda, Souza, Leandro, Lenílson, Aloísio, Jorge Wagner, Richarlyson e agora com Hugo, Jean e Hernanes, o craque do Brasileirão. Jogadores estes que nunca se destacarm no futebol brasileiro e que com ele, Muricy, aprendiz de Telê Santana, se tornaram atletas vitoriosos, decisivos. Tão decisivos, que conseguem arrancadas brilhantes, como neste Brasileiro. Com a vitória de ontem, por 3 a 0 sobre o Internacional, o tricolor completou 13 jogos de invencibilidadde, consegunindo uma ultrapassagem sensacional: nessa brincadeira o tricolor passou pelo Botafogo, Coritiba, Flamengo, Cruzeiro, Palmeiras e Grêmio. Os quatro últimos já chegaram a liderança por algumas rodadas, mas não se mantiveram. Por quê? A resposta é simples, porque eles não têm Muricy no comando. Podem falar que Luxemburgo é excelente, que Celso Roth é experiente, que Adílson é promissor e Caio Junior é técnico. Não adianta discutir, treinador para este tipo de disputa chama-se Muricy Ramalho. E com ele na frente, eu duvido que o São Paulo perca o tricampeonato.

Perdendo de três a zero? Tira o Guilherme e coloca o Camilo no intervalo. Sem comentários.    

Boas vitórias do Tigre e do Galo No sábado, o Ipatinga cansou de perder gols contra o Coritiba no Ipatingão. Por pouco não tomou. Mas acabou vecendo e bem, Ferreira marcou duas vezes (o segundo nos acréscimos) e acendeu uma luz (de 20 watts) no fim do túnel. Talvez se jogasse assim toda vez como mandante, não perderia pontos importantes dentro da casa. Foi ótima, mas tardia a demissão de Márcio Bittencourt, que armava um time com quatro péssimos volantes (Julio, Xaves, Augusto Recife e Leandro Salino) e nenhum armador. Já no jogo de ontem, o qual não assisti, o Galo venceu o Botafogo por 2 a 1, no Mineirão, quebrou um tabu de sete anos e ainda acabou com a esperança de uma LIbertadores para a equipe do Rio de Janeiro. Destaque para os dois zagueiros do alvinegro das alterosas, Leandro Almeida marcou os dois gols e Welton Felipe sofreu o pênalti, que deu origem ao primeiro gol. Resultado importante para o Galo, que ainda luta contra o rebaixamento. Com mais uma vitória, o Atlético espanta de vez o fantasma do descenso.