Cruzeiro enfrenta o Boca Juniors,hoje, pela Libertadores e busca quebrar tabu de 31 anos
Bruno Martins – brunohmartins@gmail.com
Segundo o ranking da Conmebol, a disputa de hoje é entre o melhor time da Argentina contra o segundo melhor do Brasil. Cruzeiro e Boca Junior jogam hoje, às 17h40 no La Bombonera pelas oitavas-de-final da Libertadores. Um jogo histórico, foi a partir deste confronto, em 1977, que o Boca se transformou no gigante de Libertadores. Cruzeiro e Boca disputaram o título daquele ano, a primeira partida foi 1 a 0 para os argentinos no La Bombonera, a segunda deu Raposa, 1a 0 no Mineirão. Para desmpatar foi necessário uma terceira partida, disputada no estádio Centenário, em Motenvidéu, o jogo terminou 0 a 0 no tempo normal. Na decisão por pênaltis, o Boca levou a melhor, 5 a 4 e o levou o primeiro dos seis títulos de Libertadores. A partir daí, nunca mais um time brasileiro conseguiu eliminar os argentinos na fase eliminatória da maior competição do continente. Recentemente, o Palmeiras foi vice em 2000, o São Caetano saiu nas quartas em 2004, o Santos de Leão e Robinho foi a vítima na final de 2003 e na temporada passada, o Boca foi o algoz do Grêmio, que perdeu em Buenos Aires e Porto Alegre. Trinta e um anos de invencibilidade, que pode começar a ser quebrada hoje. O time do Cruzeiro vem embalado, depois da vitória de 5 a 0 sobre o maior rival no último domingo. Se repetir o mesmo esquema do clássico e fizer marcação individualizada no maior craque do Boca, Riquelme, a equipe de Adílson Batista tem grandes chances de sair da Argentina com um resultado favorável e com isso ter a tranquilidade de decidir no Mineirão, na próxima semana com o apoio da torcida. Quando eu disse Riquelme, é porque o craque argentino é o único jogador “fora do comum” do confronto de hoje, o Boca tem outros bons jogadores, mas não são superiores a Guilherme, Wágner, Ramires, Moreno, Charles ou Fábio. Aliás, os volantes celestes são melhores que Dátolo, Bataglia e Vargas. Fábio é bem melhor que Caranta. Guilherme e Wágner não devem nada a Palácios e Marcelo Moreno tem tudo para ser melhor que Palermo. Fora que Marquinhos Paraná será o melhor marcador em campo. Basta acreditar e também atacar o Boca, time acuado neste estádio, toma de goleada. Para isso o time não pode jogar com quatro volantes, como Adílson vem imaginando, se jogar neste esquema, Moreno fica muito isolado na frente, o time fica praticamente com um jogador a menos e haja pressão. Não inventar, este é o segredo. Então, o Boca do técnico Carlos Ischia joga com Caranta, Gonzales, Maidana, Cáceres e Monzón; Vargas, Bataglia e Dátolo; Riquelme; Palácios e Palermo. Já Adílson tem que escalar Fábio, Marquinhos Paraná, Thiago Heleno, Espinoza, Jadilson;Henrique,Charles e Ramires;Wagner; Guilherme e Marcelo Moreno. No máximo, pode haver uma troca, com a saída do Henrique e entrada de Fabrício, se este entrar na vaga de Guilherme, não precisa nem ter partida de volta.
Comentários